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Por Aníbal Diniz* —</strong> Durante muitos anos após a privatização do setor, o o à internet no Brasil permaneceu e de baixa qualidade, especialmente em comparação aos padrões internacionais. Até 2011, apenas 27% dos lares brasileiros estavam conectados, e cerca de 79% do mercado de banda larga fixa concentrava-se nas grandes operadoras, segundo dados do IBGE e da Anatel.</p> <p class="texto">A mudança de cenário veio com a entrada de novos atores no mercado, impulsionada por uma regulação eficaz. O Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), adotado em 2012 e atualizado em 2018, foi decisivo para essa transformação. Os resultados foram notáveis. 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Entre os pontos centrais de sua posição estão o incentivo à oferta de atacado em condições justas, o fortalecimento da desagregação de redes e a imposição de compromissos de o à infraestrutura das grandes operadoras, por meio da regulação dos mercados de roaming, serviço móvel por rede virtual — MVNO — e radiofrequências, sem as quais não existe serviço móvel.</p> <p class="texto">O uso eficiente e inclusivo do espectro, por meio da atuação de pequenos provedores no mercado regulado, é peça-chave para ampliar a cobertura, diversificar a oferta e atender com qualidade regiões ainda desconectadas. Onde há competição, há inovação, redução de preços e melhor atendimento.</p> <p class="texto">Esse avanço é crucial diante da crescente demanda por conectividade, impulsionada por tecnologias emergentes como 5G, inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem e big data. 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Foi jornalista, assessor de comunicação da Prefeitura de Rio Branco e secretário de Comunicação do Governo do Acre *</strong></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7158898-quais-sao-os-impactos-do-novo-codigo-civil-no-direito-de-familia-e-sucessoes.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/27/675x450/1_whatsapp_image_2025_05_27_at_18_41_52-52847340.jpeg?20250528224545" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Quais são os impactos do Novo Código Civil no direito de família e sucessões?</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7158883-inteligencia-artificial-e-large-language-models-tensoes-para-a-protecao-de-dados.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/26/photo_2025_05_23_09_19_03__1_-52776693.jpg?20250528180154" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Inteligência artificial e Large Language Models: tensões para a proteção de dados</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7158575-golpe-do-falso-advogado-usa-dados-de-processos-para-enganar-vitimas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/27/dj_falsoadvogado-52849975.jpg?20250529081642" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Golpe do falso advogado usa dados de processos para enganar vítimas</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7156705-como-o-pl-2-159-2021-pode-transformar-o-setor-de-loteamentos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/26/photo_2025_05_20_12_19_39-52778075.jpg?20250528181605" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Como o PL 2.159/2021 pode transformar o setor de loteamentos</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/02/1200x801/1_photo_2025_06_02_15_06_40-53277592.jpg?20250602185605?20250602185605", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/02/1000x1000/1_photo_2025_06_02_15_06_40-53277592.jpg?20250602185605?20250602185605", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/02/800x600/1_photo_2025_06_02_15_06_40-53277592.jpg?20250602185605?20250602185605" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 59316k

A oportunidade regulatória para melhorar a internet móvel no país 272h4x
Visão do Direito

A oportunidade regulatória para melhorar a internet móvel no país k1jl

"Pode-se afirmar que, no serviço móvel, ocorreu o caminho inverso. Aqui, a competição diminuiu, com a saída de uma operadora e a concentração do mercado nas três gigantes do setor" 261v3l

Por Aníbal Diniz* — Durante muitos anos após a privatização do setor, o o à internet no Brasil permaneceu e de baixa qualidade, especialmente em comparação aos padrões internacionais. Até 2011, apenas 27% dos lares brasileiros estavam conectados, e cerca de 79% do mercado de banda larga fixa concentrava-se nas grandes operadoras, segundo dados do IBGE e da Anatel.

A mudança de cenário veio com a entrada de novos atores no mercado, impulsionada por uma regulação eficaz. O Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), adotado em 2012 e atualizado em 2018, foi decisivo para essa transformação. Os resultados foram notáveis. Em pouco mais de uma década, mais de 20 mil pequenos prestadores aram a responder por 55,7% dos os à banda larga fixa no país.

Essas empresas foram as principais responsáveis pela expansão da fibra óptica em municípios com até 100 mil habitantes, onde hoje detêm 88% das conexões. Regiões rurais e localidades antes negligenciadas aram a contar com conectividade em padrões comparáveis aos dos grandes centros urbanos.

A competição também impulsionou melhorias entre as operadoras tradicionais. O número de conexões por fibra óptica saltou de 1,3 milhão para mais de 40 milhões. A velocidade média contratada cresceu de 14,9 Mbps para 440,7 Mbps, enquanto o preço médio do megabit por segundo caiu de R$ 13,20 para apenas R$ 0,35.

Pode-se afirmar que, no serviço móvel, ocorreu o caminho inverso. Aqui, a competição diminuiu, com a saída de uma operadora e a concentração do mercado nas três gigantes do setor. O leilão do 5G trouxe alguma esperança ao permitir a entrada de operadores regionais também no segmento móvel. O desafio está em garantir que esses novos atores possam competir em condições justas.

A nova atualização do PGMC representa mais um marco importante. É chegada a hora de o serviço móvel também ser assimetricamente regulado, com instrumentos semelhantes aos que permitiram, até aqui, a diversificação e a expansão da banda larga fixa. Trata-se de estender ao serviço móvel uma lógica regulatória já validada com êxito.

Nesse sentido, merece destaque e reconhecimento o voto do conselheiro Vinícius Caram, que, ao mesmo tempo em que propõe a manutenção do conceito de PPP, defende medidas concretas para viabilizar a entrada e a atuação das pequenas operadoras no setor móvel. Entre os pontos centrais de sua posição estão o incentivo à oferta de atacado em condições justas, o fortalecimento da desagregação de redes e a imposição de compromissos de o à infraestrutura das grandes operadoras, por meio da regulação dos mercados de roaming, serviço móvel por rede virtual — MVNO — e radiofrequências, sem as quais não existe serviço móvel.

O uso eficiente e inclusivo do espectro, por meio da atuação de pequenos provedores no mercado regulado, é peça-chave para ampliar a cobertura, diversificar a oferta e atender com qualidade regiões ainda desconectadas. Onde há competição, há inovação, redução de preços e melhor atendimento.

Esse avanço é crucial diante da crescente demanda por conectividade, impulsionada por tecnologias emergentes como 5G, inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem e big data. Setores estratégicos, como a agroindústria 4.0, saúde digital, educação conectada, cidades inteligentes e a indústria automatizada dependem disso para se desenvolver.

A experiência brasileira já demonstrou que a regulação pró-competitividade funciona. O mercado de banda larga fixa, antes concentrado e inível para muitos, tornou-se dinâmico, diverso e presente em regiões historicamente negligenciadas. Replicar esse modelo no setor móvel, com medidas que incentivem a concorrência e assegurem o uso eficiente e inclusivo do espectro, não é apenas coerente com os avanços já conquistados — é uma decisão estratégica que representa equilíbrio regulatório e compromisso com a inclusão digital.

Advogado. Foi jornalista, assessor de comunicação da Prefeitura de Rio Branco e secretário de Comunicação do Governo do Acre *

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